quarta-feira, 11 de março de 2009

História Semi-Verídica (Parte 4)

O prédio sumiu!!

 


 

Aconteceu comigo um amigo meu...

Em plena quinta-feira a expectativa no trabalho era grande. O motivo? Festa de fim de ano!!!

Show do Monobloco na Marina da Glória acompanhado de muita cerveja e destilados em geral, ocasião perfeita pra perdição e justa causa.

No início era só alegria, cervejinha, aquelas mulheres sempre tão sérias perdendo a linha e até o chefe pedindo pra abraçar o palhaço. Tudo ótimo até duas horas da manhã.

Depois de provar um pouco de cada bebida disponível no local a mistura fez efeito e meu amigo já estava fora de si, pulando e dançando como se estivesse em cima do trio. Hora de volta pra casa.

Pegamos um taxi até a Tijuca e o deixei em frente ao bar Otto num cruzamento na esquina de sua

casa (menos de 5 min a pé). Antes que pudesse me despedir ele já tinha saído do taxi sem dar um centavo e cambaleando seguiu seu caminho.

A partir daqui segue a narração do próprio.

Segui a rua, um pouco tonto e louco pra deitar, por uns 10 min até perceber que já passara muito tempo e o prédio não chegava.
Resolvi voltar!
Foram mais alguns minutos andando e eu estava de volta a esquina mas nada do prédio.
Resolvi voltar!
Depois de duas ou três idas e vindas o cansaço já tomava conta de mim, então resolvi ligar para meu irmão, o que não seria um problema já que ele trabalhava de noite. Não seria SE eu tivesse acertado o número dele. Liguei para minha mãe, minha irmã, meu amigo e pra mim(?!) algumas vezes antes de conseguir falar com ele.

EU: - Irmão, qual o número do nosso apartamento??
IRMÂO: - Quê?
E: - O número do apartamento, qual é?
I: - 302, pq?
E: - Não porra!! Do prédio!!!
I: - Cacete, 700!
E: - Caralho!! Fudeu!!
I: - O que houve?
E: - O prédio sumiu!
I: - Sumiu??
E: - Sumiu pô! Tô aqui na rua e não tem 850!
I: - Aonde você tá?
E: - Na rua.
I: - Não pô, o número!
E: - 450.
I: - Então segue em frente.
E: – OK

-- alguns segundos depois --

I: - Tá aí?
E: - Tô
I: - Então, tá em que número agora?
E: - 420
I: - Vai pro outro lado idiota!
E: - Tô indo.
I: - Então??
E: - 500, 520, 550...
I: - Isso aí, tá chegando!
E: - Fudeu!
I: - Que houve??
E: - Acabou a rua!
I: - Como acabou?
E: - Tô numa ladeira, não tem mais rua.
I: - Nossa rua não tem ladeira!!!
E: - Claro que tem! Eu tô nela!! Acha que eu sou idiota!?!
I: - Cacete...o que tem aí em volta?
E: - Nada.
I: - Como nada? Tem que ter algo!
E: - Só prédio.
I: - Pqp! Não tem mais nada??
E: - Tem uma escola.
I: - Qual?
E: - Deixa eu ler a placa.........Matrículas Abertas!!
I: - ...
E: - Eu vou voltar.
I: - Pra onde?
E: - Pro Otto.
I: - Isso, vai e fica lá!

10 min depois minha mãe aparece pra me buscar enquanto eu disputava a calçada com um mendigo.

 

Pra não deixar dúvidas.

Sim, eu deixei ele na esquina certa.
Sim, ele seguiu para a rua errada.

Nenhum comentário: